Casamentos sem filhos duram mais anos - filhos seguram ou acabam com um casamento?


Durante anos ouvi várias vezes a frase "Ela quis segurá-lo, então engravidou".
Sempre detestei esta frase, primeiro porque sempre pareceu que a mulher tinha feito o filho sozinha e que o coitadinho do homem não sabia como evitar cair no maquiavélico plano, e em segundo porque só alguém desesperado pode engravidar com este prepósito e isso deixava-me triste. Pensar que uma criança chegava ao mundo carregando as espectativas da mãe no amor de um homem que provavelmente não lhe correspondia é muito triste. 
Quase sempre estas histórias não acabavam em famílias felizes. Isto, pelo simples facto, que os filhos não fazem casamentos e muito menos os podem salvar. Poderá haver um período de "empurrar com a barriga" até o bebé crescer ou estar mais maduro, mas o que não é para ser dificilmente será!
No outro dia deparei-me com um estudo de um cientista americano, que estudando casos reais e os comportamentos dos casais com e sem filhos concluiu que os casamentos sem filhos duram mais tempo. E esta hein?!
Sim, casais sem filhos vivem juntos mais tempo.
Fiquei a pensar no assunto e em como a maravilhosa experiência da maternidade, afasta de verdade os casais.
Podem ser os jantares românticos nos lugares mais in da cidade a qualquer dia da semana sem se terem que se preocupar com babysitter. Talvez sejam as manhãs tardias na cama ao fim de semana, o passear alegremente de mãos dadas sem stress e sem pressa para nada. Pode ser a ausência de rotinas tão marcadas como as que as crianças exigem ou o sexo espontâneo em qualquer divisão da casa.
Consigo perceber que a vida fácil e sem grandes exigências mantenha a paixão viva durante mais tempo. Antes dos filhos, a grande prioridade é o outro e a sua felicidade.
A partir do nascimento do primeiro filho nada fica como dantes. O amor avassalador que se sente por um filho é (quase sempre) muito maior que todos os outros amores e estes passam a ser prioridade máxima em todos os momentos.
É um abanão forte em qualquer relação e tal qual as casinhas dos três porquinhos no conto tradicional, ou a relação têm bons alicerces como a casa de tijolo do irmão mais velho ou vai tudo pelos ares...
Apesar de eu sentir um bocadinho de inveja de todo o clima de romance e também desejar para mim uma velhice com os pés quentinhos, tenho que dizer que eu fui feita para a vida em família. Para mim não há maior felicidade, mesmo quando o caos se instala na minha casa, quando me levanto todos os dias às 07h00 mesmo ao sábado e domingo, quando há mais de um ano não vou ao cinema sem ser para ver filmes de animação, quando nada consegue estar limpo e arrumado mais de 5 minutos ou quando não consigo ir sozinha ao wc.
Realmente o romance é praticamente um desconhecido para mim nestes dias, mas tenho uma casa cheia de riso (e choro muitas vezes), de desenhos espalhados por todo o lado, de refeições feitas numa mesa cheia de vida, histórias ao adormecer e beijinhos lambuzados a toda a hora.
Não há nada melhor do que ver um filho nascer e crescer feliz e saudável.
E apesar de não saber o que o futuro me reserva, posso afirmar sem exitar que não trocava a vida com filhos por todo o romance do mundo.
Esta é a minha fotografia favorita, é do momento em que a família se reunião pela primeira vez.

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